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ALÉM DAS BELDROEGAS DO CALANGO



ALÉM DAS BELDROEGAS DO CALANGO
Autor: João Maria Ludugero.

Eu gostaria de achar-me no Vapor
Em alguma casa de farinha, ou curral
E seus velhos cheiros e aromas
Que ultrapassam todas as fronteiras
Do tempo, e num adeus, me diriam:
"És nostálgico e tolo!"

Em assim sendo, meus rastos
Já não teriam dono, alheias pegadas
Percorreriam as redondezas do Calango,
Até se encontrarem com firmeza na Vargem,
Eu a correr descalço pelos campos de juncos
Da minha Várzea das Acácias.

Mas esconder-me entre as amarelas borboletas
E fartas folhas dos marmeleiros do agreste
Entristeceria as verdes esperanças novas,
Sob o desabotoar das tenras beldroegas
Que insistem em nascer no paredão do açude.

Logo, o que me faz contente é amanhecer
E percorrer o caminho do sol, com todo fervor
Até poder me encontrar no mais pacífico retiro,
A verter meus versos e conversar com minha gente
Sentado ali na estradinha de terra que dá para o Angico.
Eta, vida boa, eta vida simples, eta feliz cidade!
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Beto Bello

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